Tratamento do sintoma x Tratamento da pessoa

Nesse texto abordo o caminho equivocado que muitos profissionais seguem: tratar o sintoma e não a pessoa que sofre.

Fábio Matheus

7/9/20241 min read

a man riding a skateboard down the side of a ramp
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Quase todos os tratamentos correm o risco de focar apenas no sintoma e negligenciar a pessoa como um todo. Acompanhando muitas pessoas, tenho visto procedimentos que esquecem de averiguar a estrutura da origem do sintoma. Medo? Remédio tal, 10mg. Mudança de humor? Tome Y de 100mg. Como se a estrutura da mente fosse somente química. Acredito que mesmo algumas abordagens que trabalham apenas de maneira psicoeducativa falham nesse ponto ao ensinar apenas técnicas de autorregulação: respire diafragmaticamente e conte até 10. Todas essas abordagens possuem seu valor e importância, contudo falham na compreensão do ser como uma totalidade, na compreensão da origem verdadeira do sintoma.

Durante uma sessão, um dia a pessoa me disse: "todos que me atenderam erraram... eu não tenho depressão ou mesmo ansiedade, eu tenho medo". Sem saber, aquele jovem expressou uma das descobertas de Freud, o pai da psicanálise, que dizia que o "sintoma tem um significado"! Isso nos permite alcançar a verdadeira causa do sintoma, alcançar a pessoa que está em nossa frente, sua história, suas relações, suas representações de si mesma, da vida e uma infinidade de coisas dignas da mais alta neuropsicologia, afinal, Freud era neurologista! E o que fazer com tudo isso? Essa é a cereja do bolo. Te convido a experimentar em uma análise comigo!